quarta-feira, 24 de junho de 2015

Latim não foi a única disciplina a abandonar a sala de aula

Disciplinas que hoje podem não fazer sentido eram comuns antigamente. Mudanças culturais, sociais e até políticas provocaram mudanças no currículo escolar. A professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Lívia Freitas selecionou cinco disciplinas que já não constam nos currículos escolares. Conheça:

1. Educação Moral e Cívica e OSPB: Disciplina criada pelo Decreto-Lei nº 869, em 1969, previa o culto à pátria, bem como aos seus símbolos, tradições e instituições. A matéria deveria constar em todas as grades curriculares brasileiras durante o primário, que hoje equivaleria ao ensino fundamental, e era uma forma de exaltar o nacionalismo presente na época da ditadura militar (1964 - 1985). Os professores ensinavam a compreensão dos direitos e deveres dos brasileiros e o conhecimento da organização sociopolítica e econômica do País.


Esses conteúdos eram ensinados com mais profundidade na disciplina de organização social e política brasileira (OSPB) no segundo grau. Na época, foi criada a Cruz Mérito da Educação Moral e Cívica. A distinção era entregue a personalidades que prestavam esforços e dedicação à disciplina. Por não ser considerada parte de um regime democrático, Educação Moral e Cívica foi extinta da grade curricular brasileira em 1993, por meio da Lei 8.663, assinada pelo ex-presidente Itamar Franco.

2. Economia Doméstica: Não mais obrigatória, a disciplina ainda é lecionada em alguns colégios no Brasil. O que mudou mesmo foi a forma de transmitir o conteúdo. Hoje é adaptada à nova realidade de inserção das mulheres no mercado de trabalho e ao reconhecimento da importância de cuidar do meio ambiente. São tratadas questões como a preservação dos recursos hídricos, por exemplo. Seus conteúdos podem, também, ser abordados dentro das disciplinas de geografia, história e sociologia.

3. Educação para o Lar: Era ensinada com o intuito de levar principalmente as mulheres a cuidarem do lar. O contexto social mudou e a disciplina deixou de fazer sentido.

4. Latim: Disciplina obrigatória até 1964, quando um acordo entre o Ministério da Educação (MEC) do Brasil e a United States Agency for International Development (Usaid), dos Estados Unidos, tirou do currículo matérias consideradas obsoletas. Hoje, são poucas as escolas que mantêm o latim em sala de aula.

5. Técnicas Comerciais: Conteúdos administrativos, econômicos e contábeis faziam parte de Técnicas Comerciais. A disciplina ensinava por exemplo a utilizar serviços bancários. Com o avanço das tecnologias e sua difusão, tornou-se mais acessível e fácil descobrir como se preenche um cheque.

Fonte: Terra
Imagem: Reprodução da Internet

quarta-feira, 10 de junho de 2015

A letra cursiva está com os dias contados?

O ensino da letra cursiva (aquela de mão) na alfabetização das crianças hoje é considerado por alguns especialistas como ineficaz e segregador e, por outros, como um bom meio de fomentar o desenvolvimento intelectual dos pequenos.



A educadora Maria Helena de Moura Neves, professora de pós-graduação em letras da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e da Universidade Presbiteriana Mackenzie, defende o ensino da letra cursiva: "Quando você se põe a escrever, você não se põe a escrever pensando nas letras, você se põe a escrever pensando no sentido que você vai dar. Seus elementos são símbolos, são signos, são coisas mais compactas, com valor em si, e não, fragmentos de sinais", afirmou.

Ela defende que a criança deveria ser apresentada à letra cursiva, independentemente de usá-la ou não após o domínio dessa modalidade de escrita.  "Não digo que as pessoas não possam escrever à mão com letra de forma, ou digitar, mas não pode ser subtraído dela a oportunidade de ser apresentada a esse tipo de escrita", disse.

Já para Francisca Paulo Toledo Monteiro, que trabalha com alfabetização e letramento na Divisão de Educação Infantil e Complementar da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em São Paulo, o ensino da letra cursiva no país teve, por muito tempo, papel de segregação em alguns casos: "Escrever em letra cursiva exclui milhões de pessoas. A letra cursiva, hoje em dia, é uma falácia. Isso não é mais uma obrigatoriedade, pelo menos para uma educação inclusiva. O importante da escrita é que ela tenha sentido e faça a comunicação, ou seja, eu não posso inventar uma palavra ou colocá-la fora de ordem. Mas, se vou escrever com letra cursiva ou de bastão, não tem problema nenhum", teorizou. A educadora diz que a escola excluía crianças com síndrome de Down, paralisia cerebral ou problemas motores, que não conseguiam escrever com letra cursiva.

A especialista ainda questionou se, de fato, a criança que domina a letra cursiva tem consciência do que escreveu. "Nós temos algumas crianças que copiam textos com a letra maravilhosa, mas não leem. A teoria que, para estar alfabetizado, tinha grafar com letra cursiva, foi por terra", afirmou.

Fonte: UOL Educação
Imagem: Reprodução da Internet

terça-feira, 2 de junho de 2015

Carregue apenas 10% do seu peso



As dores nas costas são comuns para os estudantes que carregam mochilas com muito material escolar e para toda mulher com bolsas pesadas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das pessoas têm ou terão esse problema ao longo da vida.

O ortopedista Olavo Letaif explica que se um indivíduo acha ou sente que está suportando uma carga acima do limite, já é sinal de que a dor nas costas pode estar chegando. Existe uma regra e ela é direta: um ser humano deve carregar até 10% do peso que possui. O ideal, ainda, é distribuir o peso, mas atenção: Letaif alerta que mochilas usadas na região da coluna lombar (na altura do abdômen podem causar danos sérios.

Alexandre Fogaça, outro ortopedista, elenca os principais sinais de alerta da dor nas costas: a que dura mais de três meses; ocorrida após um trauma; a que atrapalha o sono; a seguida de febre, perda de peso ou alteração da força e da sensibilidade nos braços e pernas; e a que acomete crianças ou idosos. De todas as dores, entretanto, a maioria é benigna e passa em poucas semanas.

Os principais fatores para desconforto na coluna são: predisposição genética, má postura, falta de atividade física, excesso de peso, trabalhar com trepidação (como motoristas de ônibus) e problemas psicológicos como estresse e mau relacionamento na empresa ou em casa. Com o tempo, as dores podem se transformar em: desgaste da coluna, quebra de vértebras, escoliose (desvio para o lado) ou cifose (desvio para frente).

Para dormir, de acordo com Fogaça, o colchão não deve ser muito duro nem muito mole. E o melhor jeito de deitar é de lado ou de barriga para cima.

Fonte: G1
Imagem: Reprodução da Internet