sexta-feira, 15 de maio de 2015

Pesquisa descobre as bases neurais da atração e da rejeição

Entre os seres humanos, a receptividade ou rejeição a uma abordagem depende de muitos fatores, da aparência e idade a questões culturais e socioeconômicas. Pesquisadores do Centro Champalimaud para o Desconhecido, em Lisboa, decidiram observar diretamente as mudanças no funcionamento do cérebro de fêmeas de camundongos ao longo de seus ciclos reprodutivos em busca de mais pistas.



A líder do estudo, Susana Lima, conta que o comportamento das fêmeas de camundongos muda dramaticamente durante as diferentes fases de seu ciclo reprodutivo, chamado de ciclo estral. Para investigar quais são as bases neurais por trás dos comportamentos, os pesquisadores se focaram no funcionamento do hipotálamo, região do cérebro que regula muitas questões instintivas, como se alimentar e dormir. Eles registraram a atividade dos neurônios na área do hipotálamo relacionada ao comportamento sociossexual ao longo do ciclo estral das fêmeas de camundongos durante encontros tanto com machos quanto com outras fêmeas, descobrindo que ela muda dramaticamente dependendo da fase do período reprodutivo.

“Quando a fêmea não estava em um estado receptivo, a atividade dos neurônios foi similar nos encontros sociais com machos e outras fêmeas. Mas, quando a fêmea estava num estado receptivo, a atividade dos neurônios aumentou apenas quando elas interagiam com os machos”, conta Kensaku Nomoto, integrante da equipe do laboratório de Susana e coautor do estudo.

Em humanos, os efeitos destes estados hormonais na atração ou rejeição ainda são bem controversos, mas estudos como este podem ajudar a jogar luz nos circuitos cerebrais que mediam estes comportamentos.

Fonte: O Globo
Imagem: Reprodução da Internet

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