segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Inspiração para 2014: dez professores com histórias sensacionais

Feliz 2014!

Para começar o ano com muita inspiração, a EDITORA HTC mostra as histórias de dez professores que fizeram diferença em salas de aula do Brasil. Amor pela educação é o que define esses profissionais!

Eles vão além do papel em sala de aula. Idealizam projetos para motivar os alunos, vencem dificuldades e transformam as suas escolas. Reunimos aqui 10 histórias de professores com iniciativas pedagógicas vitoriosas. São casos como o do professor no Rio que combateu o racismo em seu colégio, do mestre em Recife que usou o Facebook para ensinar História, da profissional paulistana que levou a escola para o bairro e o bairro à escola e da docente potiguar com síndrome de Down que lançou livro sobre inclusão. Narrativas que mostram a importância desse trabalhador para o país.


Luiz Henrique Rosa
Combate ao racismo na escola

O professor de biologia Luiz Henrique Rosa, assustado com os apelidos racistas usados por seus alunos, deu lição de combate ao preconceito e História. Ele criou, no quintal da Escola Municipal Herbert Moses, no Jardim América, Zona Norte do Rio, o projeto "Qual é a graça?". Rosa mobilizou estudantes para reunir 200 nomes de escravos envolvidos na Revolta da Chibata, de 1838. O objetivo era cada um "apadrinhar" um cativo. Nomes como José, Cesário e Concórdia foram gravados em pedaços de mármore. Pedras com os dizeres "Deus sabe seu nome" se referem a escravos não identificados. Ao redor desse painel da cultura negra, a turma cultivou plantas ligadas à História do Brasil.

Paulo Alexandre Filho
Segunda Guerra no Facebook

Paulo Alexandre Filho deu uma aula sobre como atrair a atenção dos jovens. No Facebook, ele criou perfis para os vários personagens e nações envolvidos na Segunda Guerra. Hitler, Churchil, Alemanha, Itália, Mussolini e muitos outros ganharam avatares na rede social. Depois, o professor de História da Escola Professor Trajando de Mendonça, em Recife, começou a criar diálogos entre eles no site, com gírias contemporâneas. Ele também usou os recursos do Facebook para explicar o evento. Por exemplo, "Alemanhã adicionou Itália e Japão ao grupo O Eixo". Depois, Alexandre transferiu tudo para um blog que ganhou repercussão nacional. Nota 10.

Andrea Leão
Além dos muros


 A construção de um saber coletivo é um dos principais objetivos de Andrea Leão, que dá aulas na Escola Municipal Professora Maria Alice Borges Ghion, na periferia de São Paulo. Ela criou um projeto pedagógico que leva os alunos a percorrer as ruas vizinhas, com bloquinho, caneta e câmeras na mão, entrevistando moradores e comerciantes para, assim, documentar a história da comunidade. Todas as informações, depois de discutidas, são catalogadas e espalhadas pela escola. O chamado Centro de Memória do Bairro "derruba" os muros do colégio e aproxima moradores e alunos.

Liliana e Lauriana
Pequenos autores

As professoras Liliana Mendes e Lauriana de Paiva, do Colégio de Aplicação João XXIII, em Juiz de Fora (MG), ganharam o prêmio "Professores do Brasil", do governo federal, com seu projeto de biblioteca virtual infantil. Lançado em setembro, o site apresenta textos e ilustrações de alunos do terceiro ano do ensino fundamental distribuídos entre gêneros como poesia, quadrinhos e fábulas. O objetivo era estimular os estudantes, que passaram a produzir muito mais depois que começaram a ver os trabalhos publicados na biblioteca. Missão cumprida!

Luiz Felipe Lins
Revolução matemática


Luiz Felipe Lins revolucionou o ensino de matemática na Escola Municipal Francis Hime, Em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. Ele criou grupos de estudos que se reúnem três vezes por semana, para se aprofundar na disciplina com seus alunos. O professor não recebe qualquer adicional de salário por conta disso. Em suas aulas, Lins utiliza o cotidiano dos estudantes nos exercícios propostos e adota recursos como jogos para facilitar o entendimento. Todo o esforço ajudou o colégio a conquistar várias medalhas em olimpíadas de matemática.

Laysa Machado
Cartilha da tolerância

A luta pessoal de Laysa Machado é uma lição por si só. Formada em História e com pós-graduação em Gestão da Educação, a transsexual de 41 anos enfrentou preconceitos para chegar ao cargo de diretora da Escola Estadual Chico Mendes, em São José dos Pinhais, no Paraná. Ela assumiu a transsexualidade aos 26, quando decidiu pôr um vestido e ir trabalhar. Foi imediatamente demitida da escola particular onde trabalhava. Mas deu a volta por cima. Passou em concurso da rede estadual, fez operação para mudar de sexo e se impôs como educadora. A própria presença dela num local de formação da cidadãos é uma cartilha da tolerância.

Janete e Wilma
Batismo de Freud

Professora universitária do Instituto Nacional de Educação para Surdos (Ines), Janete Mandelblatt percebeu que diversas palavras comuns no ensino superior não tinham tradução para a Língua Brasileira dos Sinais (Libras). Desde então, ela, a diretora Wilma Favorito e mais quatro professoras estabeleceram encontros periódicos para criar a tradução de termos como "monografia" ou "metodologia" e até "batizar" pensadores como Sigmund Freud. Muita coisa aconteceu. Freud, por exemplo, passou a ser definido pela letra "f" seguida de um gesto que lembra um cachimbo. Já o nome de Michel Foucault foi traduzido por um "f" correndo sobre a cabeça, aludindo à calvice do filósofo.

Rita Tessaro
Biblioteca sustentável

O conceito de sustentabilidade tomou conta do Colégio Estadual Sananduva, no Rio Grande do Sul, desde que a coordenadora pedagógica Rita Tessaro teve uma ideia transformadora. Há 10 anos, ela pediu que todos os alunos levassem para a escola as garrafas PET que seriam jogadas no lixo por suas famílias. As cerca de 2 mil garrafas reunidas por ano foram vendidas para reciclagem e, com o dinheiro, o colégio comprou livros e construiu uma biblioteca, a Casinha do Saber. Além disso, foram criados carrinhos e sacolas de material reciclado, usados por alunos para levar os livros para casa.

Debora Araújo Seabra
A inclusão em pessoa

Primeira professora com Síndrome de Down do Brasil, Debora Araújo Seabra lançou, este ano, um livro de fábulas infantis que têm a inclusão como fio condutor. A potiguar de 32 anos é professora de uma turma de alfabetização com 28 alunos na Escola Doméstica, colégio particular em Natal, no Rio Grande do Norte. Em "Debora conta histórias" (Alfaguarra), a personagem principal interage com animais de fazenda como uma galinha surda, um pato gay, um sapo que não consegue nadar... Os contos da docente ajudam as crianças a entender as diferenças entre as pessoas.

Cleiton Santana
Xadrez na escola

A Escola Municipal Jardim das Palmeiras, uma das maiores do Mato Grosso, virou sede de um projeto que usa o xadrez para melhorar o rendimento dos alunos. Idealizada pelo professor de educação física Cleiton Santana, a iniciativa conseguiu patrocínio para montar uma sala equipada com lousa digital, datashow e computadores. O projeto mobilizou a comunidade escolar, melhorou notas de alunos com dificuldades e criou uma equipe que competiu em diferentes estados. Segundo o professor, a prática do xadrez desenvolveu a concentração e o raciocínio de todos os envolvidos.


Fonte: O Globo http://oglobo.globo.com/educacao/10-professores-com-historias-sensacionais-em-suas-escolas-11121196#ixzz2pdpsSbMb

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